segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Provão do Fantástico

    Comentários sobre ”O provão do Fantástico”, reportagem apresentada em 11 de novembro de 2007

    “Melhoria nas condições de vida para os camponeses”
    ”Capacidade do homem para escolher seus governantes”

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GI


Alguns caminhos percorridos pela sociedade tem centrado os seus olhares em questões muito particulares. Tem direcionado demais os seus interesses, perdendo então visibilidade de seu entorno.
Enquanto cidadãos as pessoas tem se preocupado pouco com os movimentos que ainda acontecem nas escolas.
A grande mídia, bem como alguns doutores, ainda pensam que o trabalho realizado pela escola se limita a reprodução de textos. E/ou formas de trabalho assemelhadas aos procedimentos que por aqui imperavam em 1500.
Um professor, também ser humano, ainda tem acentuada essa característica no momento que está em sala de aula. O que o transforma num dos vagões do trem da informação. O que o faz obrigatoriamente sentir as alterações provenientes das ações e reações que ocorrem em seu percurso.
Mas que tipo de trabalho existe daqueles que estão hierarquicamente acima desses mestres? O que será que tem feito para acompanhar e mediar esses processos?
Estariam realmente preparados para estar de frente com suas próprias dúvidas e medos? Estariam dispostos a aprender junto, logo ser parte da engrenagem cujo nome é: Busca pela informação?
O maquinista está lá para facilitar a caminhada do indivíduo na busca pelo conhecimento.
A máquina está perfeita pois fora talhada para executar com da melhor maneira possível o seu trabalho...
E a escola? O que tem feito para desmobilizar as possíveis intempéries que afetarão esses passageiros durante as suas viagens?
Pode-se até reclamar que o atendimento vip se limita a alguns, mas onde está escrito que todas as pessoas não tem direito?
Temos nos deparado com alguns movimentos limitados no processo de transformação das relações da escola:

Com ela mesma,

com o seu currículo,

com o seu cotidiano

e com o cotidiano que a cerca.

A escola necessita de uma visão transdisciplinar que esteja para além de olhares submissos e/ou ingênuos.
A sociedade pede o mínimo de respeito e a melhor forma de expressar esse tão clamado pedido é reconhecendo como pessoas produtoras de cultura e história todos os indivíduos que participam do processo.
No município de Niterói a população está passando por um momento muito importante na história da Educação. Os vários setores da sociedade se encontram para discutir e reavaliar procedimentos e comportamentos, definir regras e compromissos que deverão ser a meta de trabalho de toda essa rede pelos próximos dez anos. Pretende-se estabelecer um compromisso social de colaboração com esses mesmos setores no sentido de termos o melhor em crescimento para toda população dessa cidade.
Representantes de vários setores da sociedade se unem em diferentes momentos, com diferentes movimentos no intuito de defender seus direitos legais, constitucionais e morais. Como em 2004, quando defendi junto a outro grupo de profissionais que já se preparavam para esse momento uma nova proposta de Currículo e quando a Constituição, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), bem como a opinião de todas as escolas dessa mesma rede - só que com uma quantidade bem inferior de novos profissionais - fazia parte dos documentos mínimos para se começar a pensar a escola que queremos, a escola que temos e o tipo de currículo que abraçaria o desejo, se não de todos, pelo menos de uma parte da sociedade. Mas onde todos teriam o direito de opinar.
Eis a pergunta que não quer calar:

“O que sabe quem erra?
O que aprende quem ensina?”


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