quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Avaliação do Reagrupamento

No início do processo de Regrupmento havia criança de cara feia aos montes. Afinal estavam sendo tirados de suas salas e colocados em outras salas, com outro professor e outros colegas. Na verdade isso deve ter tido a aparência de umTsunami na mente daquelas crianças.
Houve quem chorasse e quem quisesse voltar para a sala. Quem queria dar beijo na professora e pedia e também aquele que fugia! Teve gente brigando e gente fazendo cara feia! Aquele que estava empolgado com a idéia e aquele que só queria enrolar!
Com o passar dos encontros foi preciso brigar, fazer cara feia e se apresentar. Desmanchar as caras feias com o jeitinho... conquistar.
Aos poucos houve mudança e deu para relaxar:
- Pode?
- Kkkkkk!
- Por quê?
- Posso escutar?

Brincadeiras.
Piadinhas.
Ir ao banheiro.
Zoar na cozinha!

Na sala o bom mesmo foi esse último dia quando o questionário de avaliação foi feito no coletivo com sugestão de perguntas feita pelos próprios alunos!

Tinha criança reclamando!
Tinha criança sorrindo!
Criança fazendo cartinha.
Criança chamando de Tia!

Parece que a turma saiu desse processo renovada e com uma outra impressão tanto do Reagrupamento quanto da minha pessoa. Durante a avaliação onde a maioria da turma deu respostas como: Legal! Bom! Ótimo! Pudemos parar para conversar (um a um), sobre o verdadeiro significado dessas opiniões sobre as questões levantadas.

domingo, 25 de novembro de 2007

http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_de_Fibonacci
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leonardo_Fibonacci

O que pensei foi que o que aqui se encontra de informação pode acrescentar um ítem para reflexão!

sábado, 24 de novembro de 2007

Próxima postagem

Sequência de Fibonacci

Inclusão Digital...


...e representatividade social.
Independente do que possam dizer a inclusão se faz mesmo com tramóias e entranhas.
A autoria renova e transforma! Saber-se autor faz com que o indivíduo sinta-se có-partícipe na criação do cotidiano.
Era só um recadinho!!! ...
Senti.
Pensei.
Publiquei.
Divulguei
e recebi. E percebi nos encontros dos"corredores" a reação da tal missão: ENCONTRO E PARTICIPAÇÃO!
Pode estar nascendo nesse momento a formação de uma corrente de construção para além dos muros da escola. Uma proposta de mudança nas atitudes necessárias durante todo o dia. Durante todo o tempo.
A troca acontece por contaminação. Pelo desejo de participação de um momento muito íntimo e coletivo. Aquele que você desfruta na frente de uma máquina que te coloca em contato com o mundo no recôndito do seu lar. Você decidiu estar naquele momento com aquelas pessoas através de mensagens por elas enviadas.
Um comentário após a postagem sobre Responsabilidade social:
___ Ai eu tô sabendo do "Recadinho do coração"! Eu também quero ter um blog. Preciso participar desse movimento.
___ Ok! O dia que você quiser a gente fica dez minutos depois da hora e faz um pra você!
Escrever é poder se expressar e divulgar o que você pensa. Então saber-se leitor e saber-se escritor nos leva para além da obrigatoriedade da leitura. Nos leva para o prazer da criação através da escrita!

Sala de Aula / Avaliação

Texto escrito depois da execução da atividade de releitura do livro: Erra uma vez.
Após a leitura do texto na rodinha os alunos releram as imagens do texto e refizeram as ilustrações a partir de suas próprias experiências, idéias e críticas.
Essa atividade me permitiu perceber o ponto de vista do meu aluno, como ele se ocupa dos espaços disponíveis, a sua percepção do entorno e a sua localização dentro dos espaços que percorrem.

No começo a leitura.
Logo depois a fantasia.
Tudo no mesmo pote.
Tudo com a mesma alegria.

Todos se aproximaram.
Até mesmo quem não queria.
Começou olhando de longe.
Depois veio atrás da alegria!

Olhos arregalados.
Corpos estendidos no chão.
Mãos tocando sem toque
num execício cidadão!

Sentir-se parte do livro
que por hora só podem olhar.
E depois tal qual majestade
Tomar posse e transformar!

Recriar é complicado
mas só pra gente.
Gente pequena refaz
e não se sente doente!

Que tal repensar o processo
por qual passa a nação?
Quem sabe não nos descobrimos
como parte desta missão?!
Simone Carneiro
Publicado no Recanto das Letras em 24/11/2007
Código do texto: T750452

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Sobre livros

Essa semana fui premiada com uma visão que os mais céticos diriam ser de outro mundo. Mas creiam, foi real. Após a atividade é comum os alunos da turma pegarem livros, sentar em algum canto, ler sozinho ou com alguém.
Sozinha na mesa acompanho as expressões de minha aluna durante a leitura da história "A Lebre e a Raposa".
Em sua mesa, olhar desesperado, nova história se descortina.
__Essa ela ainda não tinha lido!
Meio prestando atenção, meio desligada vejo quando ela fecha o livro e comça a rir.
__ O que foi que você achou da história?
__ Ela é muito engraçada!!!
"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."

Clarice Lispector

quarta-feira, 14 de novembro de 2007


Turma alegre e radiante
com gente levada e elegante.
Gente boa e bem disposta
que qualquer esperto aposta.
Gente linda em formação
onde a caracterização
se faz com fácil compreensão...

SÃO CRIANÇAS, LOGO PURA EMOÇÃO!!!




Festa na Escola

Responsabilidade social!
O que você tem haver com isso?

No começo era só uma festinha.
FESTINHA!
Uma musiquinha,
comilância,
música,
pajelança...

FESTINHA!
Boa comida e boa vontade.
Bons corações a vontade!
Totalmente cheios de vontade!

Vontade de fazer,
vontade de fazer mudar.
E o que a direção de uma escola tem haver com isso?
Como pode uma diretora fazer isso?
Movimento social contínuo.
Nunca contido!
Naquele momento e naquele espaço
todos foram obrigatoriamente
responsáveis por aquele espaço.

Um ri escancarado,
o outro escondido,
o outro intimidado,
sorriso maroto,
sorriso danado!
Mas todos participando de um posicionamento político da escola
na frente de uma autoridade!
Autoridade em educação?
Solidariedade em educação?

1 professor,
2 professores,
3 professores,
muitos professores!
Professores da cozinha e
professores da limpeza.
Professores no esporte ou
professores de sorte.
Professores flores,
dores e amores.

PROFESSORES!
Dedico esse texto a minhas colegas de trabalho devido aos excelentes momentos que tivemos hoje!

Avaliação da brincadeira de casinha

Turma cansada!
Professora maluca
exigiu demais,
pediu demais
e os bebês...
corre atrás!!

E depois do dever,
durante o dever...
CHEGA de dever!

Tá calor e a sala cheia
Ninguém quer fazer dever.
Professora e alunos
o primeiro quem vai ser?

Tem criança chateada
com doideira de adulto
que chora, chora, chora, chora...
isso é mesmo um insulto!

Brincadeira de casinha
ou joguinho do outro lado.
Tem criança chorando quieta.
Quem está incomodado?

Rafael não está chorando!
Hoje tentou e desistiu.
Os santos devem estar numa boa
e olhando pro Brasil!

O outro! Ou seria eu mesmo?



Atualmente transitamos em um universo carregado de conceitos e solicitações que nem sempre conseguimos compreender ou executar.
A complexidade dos projetos, leia-securrículo, que recebemos em nossas escolas e que “precisam” ser executados, nos tornam confusos por termos vivenciado, enquanto alunos, ações sobre as quais temos que questionar e que não devemos repetir pois correm o risco de levar a educação ao fundo do poço.( Corre o risco de levar ou já levou?). Em suma, somos vítimas da escola que nos formou! Como agir?
Essa complexidade nos leva a cometer erros, exacerbar dúvidas, desistir de sonhos e por vezes a caminhar dentro do simulacro de verdades convenientes. (Para quem?)
Esse poder que, com raízes históricas movimenta hoje as ações da escola, pode ser desarmado a partir do momento em que usarmos a dialogicidade para trazer a tona nossas experiências e a de nossos alunos. Trazer essas experiências para a sala de aula e oportunizar a redescoberta crítica de suas origens raciais e étnicas. Aí sim estaremos prontos para trabalhar o que esta sendo chamado Currículo Pandisciplinar (pan = totalidade). A saber, “é uma representação de todas as possíveis relações entre as partes do conhecimento construído pelo homem”.Na prática escolar cotidiana teremos esse currículo a partir de recortes segundo valores, objetivos e crenças que se manifestam de acordo com o grupo em questão. Com olhos e ouvidos abertos as ações e reações da/na sala de aula entre outros espaços escolares podem nos dar o caminho a ser seguido e a partir do qual o currículo formal (conhecimento construído ao longo da história), poderá ser desenvolvido.

Como diria Regina Leite Garcia: “Nada impede que o aprendizado da vida oxigene a vida da escola”. Independente de onde essa escola esteja funcionando. E provando que só o consenso entre os propósitos do educador e do educando podem transformar a escola em um lugar de prazer e crescimento para todos os seus segmentos.
Devemos abandonar o medo da mudança, medo do caos aqui representados pelos erros que carregamos no decorrer de nossas vidas as ações precisam estar carregadas de novas descobertas e para isso precisamos estar atentos a todas as informações do entorno. Estar abertos a troca e para isso temos que ver o outro como ser social detentor de cultura e informações que nem sempre possuímos pois temos uma história diferenciada. Será a inquietação a responsável pela formação integral e para tanto é preciso ter claro:
· A verdade será sempre relativa.
· A obediência e aceitação incontestável não levam a mudança.
· A contestação sem fundamento não altera opinião.
· Ninguém muda, faz valer suas idéias ou cresce sozinho.
· A prática pode não levar a perfeição, mas a reflexão sobre ela a aproxima da mudança.
· Feliz o “mestre” que transforma o seu discípulo em um indivíduo que questione suas idéias.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Alberto Caeiro

A Criança

A criança que pensa em fadas e acredita nas fadas
Age como um deus doente, mas como um deus.
Porque embora afirme que existe o que não existe
Sabe como é que as cousas existem, que é existindo,
Sabe que existir existe e não se explica,
Sabe que não há razão nenhuma para nada existir,
Sabe que ser é estar em um ponto
Só não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer.


Provão do Fantástico

    Comentários sobre ”O provão do Fantástico”, reportagem apresentada em 11 de novembro de 2007

    “Melhoria nas condições de vida para os camponeses”
    ”Capacidade do homem para escolher seus governantes”

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GI


Alguns caminhos percorridos pela sociedade tem centrado os seus olhares em questões muito particulares. Tem direcionado demais os seus interesses, perdendo então visibilidade de seu entorno.
Enquanto cidadãos as pessoas tem se preocupado pouco com os movimentos que ainda acontecem nas escolas.
A grande mídia, bem como alguns doutores, ainda pensam que o trabalho realizado pela escola se limita a reprodução de textos. E/ou formas de trabalho assemelhadas aos procedimentos que por aqui imperavam em 1500.
Um professor, também ser humano, ainda tem acentuada essa característica no momento que está em sala de aula. O que o transforma num dos vagões do trem da informação. O que o faz obrigatoriamente sentir as alterações provenientes das ações e reações que ocorrem em seu percurso.
Mas que tipo de trabalho existe daqueles que estão hierarquicamente acima desses mestres? O que será que tem feito para acompanhar e mediar esses processos?
Estariam realmente preparados para estar de frente com suas próprias dúvidas e medos? Estariam dispostos a aprender junto, logo ser parte da engrenagem cujo nome é: Busca pela informação?
O maquinista está lá para facilitar a caminhada do indivíduo na busca pelo conhecimento.
A máquina está perfeita pois fora talhada para executar com da melhor maneira possível o seu trabalho...
E a escola? O que tem feito para desmobilizar as possíveis intempéries que afetarão esses passageiros durante as suas viagens?
Pode-se até reclamar que o atendimento vip se limita a alguns, mas onde está escrito que todas as pessoas não tem direito?
Temos nos deparado com alguns movimentos limitados no processo de transformação das relações da escola:

Com ela mesma,

com o seu currículo,

com o seu cotidiano

e com o cotidiano que a cerca.

A escola necessita de uma visão transdisciplinar que esteja para além de olhares submissos e/ou ingênuos.
A sociedade pede o mínimo de respeito e a melhor forma de expressar esse tão clamado pedido é reconhecendo como pessoas produtoras de cultura e história todos os indivíduos que participam do processo.
No município de Niterói a população está passando por um momento muito importante na história da Educação. Os vários setores da sociedade se encontram para discutir e reavaliar procedimentos e comportamentos, definir regras e compromissos que deverão ser a meta de trabalho de toda essa rede pelos próximos dez anos. Pretende-se estabelecer um compromisso social de colaboração com esses mesmos setores no sentido de termos o melhor em crescimento para toda população dessa cidade.
Representantes de vários setores da sociedade se unem em diferentes momentos, com diferentes movimentos no intuito de defender seus direitos legais, constitucionais e morais. Como em 2004, quando defendi junto a outro grupo de profissionais que já se preparavam para esse momento uma nova proposta de Currículo e quando a Constituição, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), bem como a opinião de todas as escolas dessa mesma rede - só que com uma quantidade bem inferior de novos profissionais - fazia parte dos documentos mínimos para se começar a pensar a escola que queremos, a escola que temos e o tipo de currículo que abraçaria o desejo, se não de todos, pelo menos de uma parte da sociedade. Mas onde todos teriam o direito de opinar.
Eis a pergunta que não quer calar:

“O que sabe quem erra?
O que aprende quem ensina?”